O Eletrocardiograma veterinário é um exame de grande importância na medicina veterinária de pequenos animais. Permite a avaliação da atividade elétrica do coração e o diagnóstico de seus distúrbios. Permite avaliar o origem de arritmias que podem alterar a função cardíaca, e que podem ser limitantes para a realização de procedimentos cirúrgicos, sendo importante como exame pré-operatório. Demonstra também o agravamento de uma condição cardiovascular importante. A utilização do eletrocardiograma é essencial para o controle da eficácia de terapia antiarrítmica ou diagnosticar arritmias causadas pelos mesmos medicamentos.
O eletrocardiograma capta a atividade elétrica gerada no coração, responsável pelo seu funcionamento contrátil. A atividade elétrica possui seu local de origem e percurso pelo coração, resultando na contração cardíaca.
No eletrocardiograma na medicina veterinária, realiza-se 6 derivações periféricas (DI, DII, DIII, aVR, aVL, aVF) utilizando eletrodos colocados nas extremidades dos membros, e de 4 a 6 derivações precordiais (V1 a V6), colocadas em posições específicas no tórax. O objetivo é captar e avaliar a atividade elétrica do coração, a partir de diversos ângulos de observação, utilizando dipolos e eletrodos exploradores.
Este é o exame mais eficaz para a detecção de arritmias e deve ser feito em um amplo traçado com boa qualidade (poucas interferências), para possuir uma melhor acurácia. Algumas arritmias podem não ocorrer no momento do traçado eletrocardiográfico, sendo indicado um holter nesses casos.
O eletrocardiograma também pode sugerir sobrecargas (ou aumentos) de câmaras cardíacas, porém não é o exame mais apropriado, sendo indicado o ecodopplercardiograma.
Algumas raças podem possuir arritmias primárias mais comumente, como o boxer ou rotweiller, sendo mais indicado o eletrocardiograma periódico após certa idade.
O eletrocardiograma é comumente indicado como exame pré-operatório, principalmente em animais idosos, como uma triagem da condição cardíaca do paciente.